“Não vamos abandonar a indústria brasileira”, afirma Dilma

A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou nesta terça-feira, durante o lançamento das medidas em defesa da indústria, que “o governo não vai abandonar a indústria brasileira”. Segundo ela, o país quer concorrer em condições equilibradas e justas no comércio internacional e que pretende focar na competitividade, redução de custos e garantia de emprego.


— Temos que lutar contra a concorrência predatória e desleal. Vamos adotar todas as salvaguardas possíveis para defender nossas empresas. Vamos acompanhar o cenário internacional e agir quando for preciso – observou.

Conforme Dilma, o governo “não concebe o país sem uma indústria forte, inovadora e competitiva” e que possui condições e os instrumentos para fazer os ajustes necessários.

A presidente observou ainda que o Brasil precisa aumentar as taxas de investimento. Segundo ela, o país está ampliando e aprimorando regimes de tributação, com a meta de reduzir o custo para as empresas que investem e geram emprego.

— Quando se vê uma tentativa de “canibalização” do mercado automotivo, nossa preocupação não é uma questão de protecionismo, e sim de defesa comercial, o que é diferente — declarou.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, destacou a importância das medidas adotadas pelo governo para incentivar o setor produtivo.

— O problema da indústria não é conjuntura, e envolve câmbio, infraestrutura e outros fatores. Essas medidas iniciam a desoneração dos processos e das relações trabalhistas. Além disso, representam passos importantes na melhoria do ambiente de negócios — afirmou.

Andrade salientou ainda que serão construídos, no país, 38 centros de tecnologia e 23 centros de inovação tecnológica que vão contribuir com a indústria brasileira.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, destacou que o governo apresentou um “programa de fôlego e de valorização da produção”.

— Um país rico é aquele que tem uma indústria rica – declarou.

Patah lamentou que as medidas não tenham atingido o setor bancário e criticou os juros cobrados pelas instituições. O sindicalista também reforçou o pedido para que o governo inicie o processo de reforma tributária.

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